Ginecomastia
Ginecomastia é o termo utilizado para denominar o aumento do volume do tecido mamário masculino. A incidência de ginecomastia é em torno de 65 % na população entre 13- 16 anos .Nesta idade, as modificações hormonais que ocorrem estimulam o crescimento da glândula mamária levando ao aparecimento da ginecomastia que pode persistir na vida adulta, causando desconforto nas relações sociais e pessoais. Entre 40 – 50 anos cerca de 40% dos homens também podem apresentar Ginecomastia.
É muito comum que homens portadores de ginecomastia, possuam receio de ficar sem camisa em público, o que os impede de ir a piscina, praia ou frequentar vestiários. Esses pacientes tentam camuflar o problema, como a utilização de camisas largas. Infelizmente, o paciente portador dessa condição geralmente sofre em silêncio, com vergonha de procurar auxílio médico e simplesmente espera que a ginecomastia desapareça, o que simplesmente não ocorre, na grande parte dos casos.
O aumento do volume mamário pode ocorrer devido apenas o acúmulo de gordura, neste caso é denominado pseudoginecomastia (ginecomastia falsa). Quando o aumento da mama decorre apenas do aumento da glândula mamária, recebe o nome de ginecomastia verdadeira e quando existe a combinação dessas situações, ou seja, o aumento da mama ocorreu devido ao acúmulo de gordura e aumento da glândula mamária, recebe o nome de ginecomastia mista, que é o tipo mais comum.
A ginecomastia se apresenta como um amento das mamas no homem, sendo que na maioria das vezes é assintomático, porém pode ocorrer: dor , edema, enduração, e raramente alteração da sensibilidade.
Pode ser unilateral ou bilateral. A bilateral é mais freqüente. O aumento das glândulas mamárias no homem na maioria das vezes não está associada a nenhuma causa externa, mas há casos que ocorrem em virtude do uso de determinados medicamentos ou drogas ilícitas.
A cirurgia consiste em remover o excesso de tecido mamário e gorduroso para reduzir e simetrizar as mamas. O tamanho das aréolas e o excesso de pele também podem ser corrigidos quando seu excesso é notado.
Classificação
Ginecomastia Grau l: Possui apenas tecido glandular, sem flacidez de pele ou gordura. Seu tratamento proporciona excelente resultado estético, com uma cicatriz que fica disfarçada na região inferior da aréola do paciente.
Ginecomastia Grau ll: A ginecomastia se apresenta difusa no tórax do paciente, com tecido glandular associado a gordura localizada na região peitoral, porém sem flacidez de pele. É o tipo mais comum de ginecomastia.
Ginecomastia Grau Ill: A ginecomastia acomete toda a região peitoral, com grande flacidez cutanea, presença de tecido glandular mamário e gordura na região. Geralmente encontramos a aréola e o mamilo abaixo do sulco inframamário, estando indicada a remoção do excesso cutâneo, o que implica em maiores cicatrizes. Estes pacientes podem necessitar de mamoplastia ( técnica do T invertido ), que remove além da gordura e tecido glandular, o excesso de pele presente no paciente.
Tratamento Cirúrgico
A escolha da incisão é baseado na necessidade ou não de ressecção de pele. Desse modo , naqueles casos em que não há excesso de pele (tipos I e IIA), a incisão mais utilizada é a incisão de Webster ( semi-circuloinfra-areolar.). .
Nos casos em que a glândula não é bem delimitada e há maior presença de gordura, a lipoaspiração proporciona grande auxílio tanto na redução do volume quanto na delimitação entre a mama e tecido adiposo perimamário.
Os cuidados pós-operatórios incluem:
- cuidados com as cicatrizes;
- evitar esforços físicos (não levantar os braços);
- uso de malha compressiva;
- repouso por período de 14 dias;
Essas orientações representam uma visão geral e poderão mudar dependendo do caso. Todas as dúvidas devem ser completamente esclarecidas nas consultas que antecedem a cirurgia.
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